Talvez você não esteja aqui, mas não muda o fato de estar presente. Muitas vezes estamos perto desejando estar longe. E nos ferimos, e gostamos de nos ferir. Gostamos de catar os cacos de cristal no chão e cortar os pulsos. Talvez essa seja nossa forma de amar.
Você já não me traz aquele chá do dia da amargura em que exorcizava o sangue, ou não fazemos sombra um pro outro. Já não cheiramos a charuto, e não pensamos tanto em homicídio seguido de suicídio. Sinto como se eu estivesse em uma sala vazia e escura com apenas uma cadeira no centro; sento-me e a luz do retroprojetor se expande em uma das paredes, propagando o diário de uma mente deturpada. Pupilas dilatam e reduzem assistindo a sonhos. Logo a trilha sonora se transforma em terror e tudo parece contorcer, o mundo está contorcido. Será que já é tarde demais?. Mas eu deixo seguir, e eu rebobino, e eu pauso, deixo seguir, e eu respiro, inspiro e vomito. O gosto de se torturar na amargura. O silencio absoluto, com exceção do relógio. TIC-TAC. Será que ninguém pode enxergar o quanto isso é perturbador?. Não, ninguém pode. Vejo as pessoas com sorrisos murchos, se escondendo, fazendo com que sua alma não grite.
A sociedade não está preparada a aceitar loucura alheia. Um labirinto de almas perdidas...
Diário de uma mente deturpada Parte - 1
Você já não me traz aquele chá do dia da amargura em que exorcizava o sangue, ou não fazemos sombra um pro outro. Já não cheiramos a charuto, e não pensamos tanto em homicídio seguido de suicídio. Sinto como se eu estivesse em uma sala vazia e escura com apenas uma cadeira no centro; sento-me e a luz do retroprojetor se expande em uma das paredes, propagando o diário de uma mente deturpada. Pupilas dilatam e reduzem assistindo a sonhos. Logo a trilha sonora se transforma em terror e tudo parece contorcer, o mundo está contorcido. Será que já é tarde demais?. Mas eu deixo seguir, e eu rebobino, e eu pauso, deixo seguir, e eu respiro, inspiro e vomito. O gosto de se torturar na amargura. O silencio absoluto, com exceção do relógio. TIC-TAC. Será que ninguém pode enxergar o quanto isso é perturbador?. Não, ninguém pode. Vejo as pessoas com sorrisos murchos, se escondendo, fazendo com que sua alma não grite.
A sociedade não está preparada a aceitar loucura alheia. Um labirinto de almas perdidas...
Diário de uma mente deturpada Parte - 1